03
- junho
2019
XILOGRAVURA – Decoração Participativa – 37ª Festa Junina 2019

Mais uma vez, convidamos você a participar da decoração da festa, com a produção em família de pequenos quadros inspirados na arte da xilogravura.

OBJETIVO: valorizar as produções das crianças de forma colaborativa com a família e promover a troca de ideias, a integração e o fortalecimento dos vínculos afetivos, a aprendizagem criativa e a confiança. Valorizar os núcleos Família e Escola, fundamentais na formação do indivíduo. ,

ETAPAS DO TRABALHO:

  1. OBSERVAR imagens que possam inspirar o trabalho de releitura e/ou criação. No site morumbisul.com.br vocês encontrarão uma seleção de imagens de artistas renomados e poderão perceber que algumas obras trazem traços simples e até muito próximos aos das crianças. Poderão visitar também sites que trazem uma infinidade de obras em xilogravura, algumas em preto e branco e outras coloridas.
  • MATERIAL – Em uma tela de pintura (material fácil de ser encontrado em papelarias), tamanho a escolher: 15 X 15 cm (tamanho mínimo); 20 X 30 cm; ou 30 X 40 cm (tamanho máximo).
  • CRIAÇÃO do desenho (em família) – pode ser feito primeiro em um papel rascunho e depois transferido para tela. O trabalho poderá ser em preto e branco ou colorido. Poderá utilizar canetão, canetinha, tinta e aplicar, se desejar, tecido, botões, fitas, flores secas etc.
  • IDENTIFICAÇÃO – Reservar na parte da frente da tela um espaço de aproximadamente 2×4 cm para registrar o nome dos integrantes da família e a série do aluno que realizaram o trabalho.
  • ENTREGA – Enviar o quadro confeccionado em família até o dia 04 de junho (3ª feira). 

Mestres da xilogravura, da década de 70 até os dias atuais.

FONTE:   Galeria BrasilianaRevista Raizxilogravura 2017       

“Não encontrei  xilogravura popular em nenhum país da America Latina, só no Brasil”. Esta declaração,  de Candida Hernandez Calderón, curadora do Banamex, quando da inauguração da mostra “Mestres da Arte Popular Latino-americana” na Fiesp, demonstra bem o caráter singular dessa manifestação artística entre os artistas nacionais.

A reprodução por meio de matrizes de madeira, é um dos mais antigos métodos de multiplicação de palavras e imagens utilizados pela humanidade e seu berço é a China. Não se conhece com precisão o desenvolvimento dessa técnica entre nós, pois os colonizadores portugueses não permitiam a existência de imprensa no Brasil nem a edição de livros.
Entretanto, já em meados do século XIX passou a existir uma forma peculiar de divulgação de notícias e conhecimentos de toda ordem através do que se convencionou chamar de “jornal do sertão”, sob a forma da literatura de cordel.
Constituída de uma narrativa feita em versos e uma imagem, o cordel foi o primeiro destino de muitos artistas populares gráficos, que depois amplificaram as ilustrações, produzindo uma arte que congrega vários nomes expressivos. 

Entre os considerados “Mestres da Xilogravura”,  alguns  artistas dessa vertente podem ser destacados     

J. Borges
É o mais importante artista popular em atividade no Brasil. Nascido em Bezerros, PE, em 1935, é um incansável autor de versos e xilogravuras que alcançaram repercussão no exterior. Expôs na França, Alemanha, no Folk Art Museus de Santa Fé, ilustrou o calendário da ONU, o livro “Palavras Ardentes” de Eduardo Galeiano e a sequência inicial da novela “Roque Santeiro” da TV Globo. Recentemente expõe individualmente na Caixa Econômica e SP. Composta por xilos coloridas, a mostra da Brasiliana traz também uma série de trabalhos inéditos de J. Borges, editados após a descoberta de 27 pranchas do artista, dos anos 1970, numa coleção em Recife.

Amaro Francisco
Irmão de J. Borges, compartilha com o mestre a mesma excelência e a imaginação que o induz a produzir imagens de fatos do cotidiano, histórias do folclore, cenas de trabalho, encontros amorosos, enfim, toda a vasta temática característica do imaginário popular

José Costa Leite 
Um dos mais refinados xilogravadores brasileiros, Costa Leite escreveu e ilustrou mais de 500 títulos de cordel e é muito apreciado pela beleza e a riqueza de detalhes  de suas composições. Nasceu em 1927em Sapé, PB e tem obras na Pinacoteca Municipal de São Paulo. É considerado, ao lado de J. Borges, o grande mestre da xilogravura nacional.

Abraão Batista
Nascido em 1935 em Juazeiro do Norte, CE, é poeta, ceramista e escultor, mas distinguiu-se sobretudo  na xilogravura , marcada pelo caráter expressionista que imprime em suas cenas. Acontecimentos bíblicos, tradições nordestinas, histórias fantásticas, picarescas e do cotidiano constituem o eixo de sua narrativa.

José Lourenço
É o mais jovem do grupo e um dos mais persistentes artistas a editar e divulgar a arte da xilogravura. Vive em Juazeiro do Norte, grande centro produtor e irradiador de arte popular ainda existente no Brasil.

Mais obras:  


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